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sexta-feira, 13 de novembro de 2009

CAMÕES

Título:  Releitura de Camões Professora Regente: Elza Rosa

Turma:  M1  Professoras STE: Diana e Mirian

CAMÕES

      Luís Vaz de Camões (1524/25?-1580) é considerado o maior poeta renascentista português e uma das mais expressivas vozes de nossa língua . Sua biografia, permeada de lendas, nunca pôde ser totalmente reconstituída por falta de documentação. Sabemos que o poeta nasceu pobre e morreu quase miserável, solitário e infeliz. Com pouco mais de vinte anos (1549), perdeu o olho direito em Ceuta (Marrocos), onde servia como soldado raso. Regressando a Lisboa, levou vida boêmia e agitada. Uma briga, em que feriu um servidor do paço, foi causa de sua prisão, em 1552, e de seu desterro para o Oriente em 1553. Durante três anos prestou serviço militar na Índia, seguindo depois para Macau. Nadando com apenas um braço, teria salvado o manuscrito de seu poema épico Os Lusíadas. Em 1569 voltou a Lisboa, onde morreu em 10 de junho de 1580. (Disponível: www.portrasdasletras.com.br/)

CAMÕES LÍRICO

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,  
Muda-se o ser, muda-se o modo de viver;
E todo mundo  ainda carente de conviver,
Resultando sempre em novas sociedades

 

Continuamente vemos novidades,
Iguais em tudo na velha esperança;
As mágoas do mal só na lembrança,
O bem sempre há nas disponibilidades

 

A descoberta do bem cobre o desencanto,
Que assim coberto transforma-se em alegria,
E em mim converte o choro em doce canto

 

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto           maior
Que não se muda já como soia               ostumava

 

                                Marinete Fedrizze

 

 

A lírica amorosa camoniana está    ligada a uma concepção neoplatônica do amor. Isto quer dizer que, para Camões, o Amor (com maiúscula) é um ideal superior, único e perfeito, o Bem supremo pelo qual ansiamo. Mas, seres decaídos e imperfeitos, somos incapazes de atingir esse ideal. Resta-nos a contingência do amor físico (com minúiscula), simples imitação do Amor ideal. A constante tensão entre esses dois pólos gera toda a angústia e insatisfação da alma humana. (Disponível: www.portrasdasletras.com.br/)

. Ficheiro:Luís de Camões por François Gérard.jpg

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,  
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades

 

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades

 

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto

 

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto           maior
Que não se muda já como soia               ostumava

 

                                         Camões

Faça uma releitura do poema de Camões

 

 

 

 

 


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